A cidadania, enquanto direito e o dever do individuo, segundo leis vigentes, de interceder no processo de transformação da sociedade, diante da complexidade dos problemas impostos pelo actual modelo de desenvolvimento, requer a organização individual e colectiva para que esforços sejam desencadeados para pleitear mudanças para conquistar uma vida melhor.

Num contexto da crescente globalização, o consumo, na contemporaneidade, cumpre diferentes funções e implica múltiplas referências como construção social, porém, nos padrões actuais, é insustentável, tanto na perspectiva ambiental quanto da construção de direitos e da cidadania, assim como no sentido patriótico do Ser Humano.

A necessidade de se desenvolverem novos padrões de consumo está se transformando, cada vez mais, em tema de debates internacionais, e Moçambique não pode ser excepção, ora discutindo a mudança de postura do consumidor, ora apresentando modelos inovadores de negócios ou de articulação de actores para o redesenho das relações económicas, sociais, políticas para que possam incorporar valores sustentáveis no sistema vigente (Costa & Teodósio, 2011) mas também elementos que eduquem e promovam valores da cidadania, cidadania ambiental e patriotismo.

A Educação Ambiental, diante dos problemas sociais contemporâneos, se configura como um dos mecanismos para minimizar os problemas ambientais, promovendo a ecopedagogia e ecoformação para formas de viver e consumir alinhadas com a capacidade de (re) produção dos ecossistemas.

Assim sendo, além dos temas propostos pelo plano curricular do Curso de Licenciatura em Educação Ambiental na FACED-UEM, na disciplina, irão discutir o papel da EA na construção da Cidadania nas suas diferentes vertentes e o pacto da génese da EA, das correntes, topologias e os paradigmas educacionais.