Este fórum é um espaço perfeito para esclarecer as nuances da concordância nominal. Depois de revisar o material e fazer os exercícios, eis as minhas reflexões e uma dúvida que surgiu:
Achei fascinante como a maioria das regras segue uma lógica de "coesão" dentro da frase. O adjetivo ou pronome se "liga" ao substantivo que modifica, assumindo o mesmo gênero e número para que a informação seja transmitida de forma clara e unificada. Isso torna o assunto menos sobre "decorar" e mais sobre "entender" a relação entre as palavras.
Percebi que muitas vezes a concordância depende do que se quer enfatizar. A frase "Encontrei as crianças sós." é diferente de "Encontrei as crianças sozinhas.". A primeira enfatiza o estado de solidão de cada uma, enquanto a segunda pode enfatizar que estavam sozinhas como um grupo. O contexto dita a escolha.
Um ponto que sempre me faz pensar é a concordância com a palavra "meia"(no sentido de metade).
Pelo que entendi, a regra geral é que ela varia quando seguida de um artigo ou pronome (meia hora vs meias-/meia-horas?).
"Faltam meias horas para o show." (aqui, "meias" concorda com "horas")
"Faltam meia hora para o show." (aqui, "meia" é invariável quando usada antes de um substantivo sem artigo, quase formando uma palavra composta)
A minha pergunta é: no dia a dia, na linguagem informal, vejo muito o uso invariável ("meia" para o plural) em todos os casos. Isso já é considerado aceitável, ou ainda é visto como um desvio da norma culta? Qual é a visão do material sobre a evolução desse caso específico?
Ficarei atento às contribuições dos colegas e à mediação da professora para explorarmos mais esses detalhes!