Concordância nominal - participação obrigatória

Reflexão sobre a concordância nominal

Reflexão sobre a concordância nominal

by KELY ANTONIETA CHILAULE -
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 O estudo da concordância nominal me fez perceber que as regras mais complexas são o verdadeiro desafio. A gente aprende que artigos, adjetivos e numerais devem concordar com o substantivo, mas as exceções são muitas e, na prática, causam confusão.Por exemplo, a regra geral é simples, como em “o carro novo”, o problema começa quando a frase tem substantivos de género diferentes, como em “meninas e meninos dedicados”, onde o adjetivo vai para o masculino plural.

 Além disso, palavras como meio, bastante e proibido são cheias de pegadinhas. “É proibido entrada”, mas “É proibida a entrada”. O simples uso do artigo muda tudo. Da mesma forma, em “Ela ficou meio chateada”, o "meio" é um advérbio invariável, mas em “Ele comeu meio bolo”, ele é um numeral e concorda.

 Fazer exercícios me ajudou a fixar essas regras e a identificar onde mais erro. Percebi que a concordância não é só uma questão de memorizar regras, mas de entender a lógica por trás de cada caso. A prática é essencial para que esses detalhes se tornem cada vez mais intuitivos. 

 Pergunto a professora se existe alguma técnica para lembrar as regras mais difíceis, principalmente as que envolvem adjetivos referindo-se a substantivos de géneros diferentes. O estudo me fez perceber a importância dos detalhes e como eles podem mudar completamente o sentido de uma frase.


In reply to KELY ANTONIETA CHILAULE

Re: Reflexão sobre a concordância nominal

by Benilde Jose Machava Vieira -
Kely, se leu bem o texto que coloquei aqui, não há assim tantas regras, a menos que tenha optado por sofrer com coisas da internet.

Veja qual é o núcleo do grupo nominal e tem a concordància assegurada: esse nucleo deverá concordar com os determinantes e adjectivos atributivos e predicativos ou com os pronomes que a ele se refere.

Caso o núcleo seja composto, então terá de usar o plural. Se um deles é do género masculino, terá de usar adjectivo no masculino. Para evitar ambiguidades, quando o adjectivo só afecta o nome feminino, terá de organizar a frase de modo a evitar confusão:
«Aquela menina muito curiosa e o menino matricularam-se nesta actividade.»

Não é o mesmo que

«Aquela menina e o menino muito curiosos matricularam-se nesta actividade.»
Caso seja o rapaz, o curioso, então organize a frase de outro modo:
«O menino muito curioso e a menina matricularam-se nesta actividade.»
Com tudo isto deve ficar claro que se torna necessário organizar o discurso mentalmente antes de o proferiri ou escrever. .

O que são «pegadinhas»?

Acho que não estudou pelo material que foi recomendado. Neste não havia nada de «meio, bastante...». Além disso, a esta altura já tinha a obrigação de distinguir claramente advérbio de determinante de modo a evitar o mau uso de palavras que têm a mesma forma para advérbios e determinantes (meio, bastante, muito, todo(s), algum...). Por tal motivo, no primeiro semestre estudámos as classes gramaticais e ainda coloquei no Vula, durante o periodo sem aulas, material sobre este assunto. Lembra-se que me aborreceu muito o facto de não terem usado a gramática recomendada (Costa e Rothes (2015) para fazerem as apresentações? Pois, eu sabia que poderiam atrapalhar-se mais adiante. Mas, enfim, cada um sabe o que quer fazer da sua vida. Se não consultam o que é recomendado, se não estudam, não lêem o que coloco no Vula, cada um sabe porquê: eu cumpro com a minha parte, mas a esta altura, esta confusão já devia estar controlada.

Por fim, Kely, está na hora de dominar a colocação do pronome átono, também disponibilizado no VULA e tratado numa aula. Por isso, já não devia produzir frases como «o estudo me fez pensar», «fazer exercícios me ajudou...».

Comece a ler textos padronizados com mais regularidade.